Levantamento com 5.318 mulheres
mostra que brasileiras conhecem hábitos saudáveis, mas não colocam
em prática
As doenças cardiovasculares são a
principal causa de morte no Brasil, com um total de 300 mil casos
por ano, ou uma morte a cada dois minutos. Segundo dados das
sociedades médicas sobre doenças cardiovasculares, a cada 10
mulheres que sofrem um infarto, seis morrem.
A pesquisa nacional Sinta Seu
Coração, realizada pela editora Abril em parceria com a Sociedade
de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e apoiada pela
Nestlé, mostra que 90% dos fatores de risco para o desenvolvimento
dessas doenças estão ligados ao estilo de vida das pessoas, como má
alimentação, sedentarismo e falta de controle da pressão arterial e
dos níveis de colesterol. Só 10% das causas são de origem
genética.
Embora 83% das mulheres ouvidas pela pesquisa tenham afirmado que
os médicos pedem o exame de dosagem de colesterol e 76% delas
informem que o realizam periodicamente, 19% não sabem como anda seu
nível de colesterol (entre as jovens de 18 a 24 anos esse número
salta para 40%). Foram ouvidas 5.318 mulheres com mais de 18 anos
em todo o Brasil entre junho e julho de 2013.
Sedentarismo
Atividades físicas regulares possuem importante papel para a
manutenção da saúde, especialmente a do coração. Mesmo assim, a
maioria das mulheres está sedentária, de acordo com a pesquisa. Uma
parte considerável desse público afirmou que em algum momento da
vida já manteve uma rotina de exercícios, mas atualmente não
pratica nenhum (53%). Quatorze por cento revelou nunca ter
praticado atividades físicas.
Entre aquelas que fazem exercícios com alguma frequência (33%), as
atividades preferidas são: caminhada (49%), musculação (38%), aulas
de academia (34%), corrida (19%) e andar de bicicleta (15%). Para
essas mulheres, a maior motivação para seguir com a rotina de
exercícios é saber que está cuidando da saúde e que vai se manter
saudável (47%).
Outras motivações citadas são a sensação de bem-estar propiciada
pelos exercícios (20%), perda ou manutenção do peso (19%) e ter um
corpo bonito (7%). Apenas 5% delas disse que se exercita por pura
obrigação.
Alimentação
Entre as entrevistadas, 89% afirmaram que a dieta tem muita ou
total influência sobre os níveis de colesterol no sangue. No
entanto, essas mulheres revelaram que seus hábitos alimentares
podem não ser os melhores. Elas disseram que sempre: almoçam fora
de casa (25%), comem doces (17%), pulam refeições (8%), colocam
mais sal na comida que já está no prato (4%), consomem comida
congelada (2%) e comem fast food (2%).
Quando vão às compras, menos da metade das pesquisadas lê os
rótulos dos produtos sempre ou com bastante frequência (44%). Ao
observar os rótulos, as mulheres buscam informações sobre data de
validade (35%), sódio (27%), calorias (18%), gorduras (13%) e
fibras (2%). No entanto, ao serem perguntadas se consomem alimentos
associados a benefícios específicos para a saúde, 82% responderam
que sim, sendo que 52% buscam produtos para auxiliar na redução e
controle do colesterol. Outras finalidades também foram citadas,
tais como auxiliar no funcionamento intestinal (75%), estimular o
sistema imunológico (54%) e prevenir a osteoporose (36%).
O hábito de tomar café é relatado por 84% das entrevistadas. A
bebida, consumida com moderação, é considerada benéfica para a
saúde dos vasos sanguíneos, pois contém antioxidantes que combatem
os radicais livres, protegendo as paredes das artérias.