A presidenta Dilma Roussef viajou hoje (13) para Uberlândia (MG)
onde participa da cerimônia de formatura de 2.634 alunos do
Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec -
Brasil sem Miséria), que receberão o certificado de qualificação
profissional em diversas formações. Ao chegar à cidade, ainda no
aeroporto, a presidenta concedeu entrevista a rádios locais e falou
da importância do Pronatec e também da importação de médicos
estrangeiros.
Dilma disse que o governo não negocia saúde. Ela exaltou a
qualidade dos médicos brasileiros e sua contribuição para a saúde
pública, mas destacou que o Brasil precisa de mais médicos e que
não pode se ater à nação de origem do diploma.
Ela voltou a comparar o número de médicos que atuam no Brasil com
diploma de outro país com o de nações desenvolvidas. Segundo ela,
enquanto apenas 1,78% dos médicos que exercem a profissão em
território brasileiro fez o curso de medicina em outros países,
esse percentual chega a 25% nos Estados Unidos, 35% na Inglaterra e
mais de 20% no Canadá.
“Olha a discrepância. Nos países ricos eles vão e importam médicos
e nós, que precisamos de médicos, que somos um país de dimensão
continental, que não temos médico na periferia das grandes cidades,
no interior do Brasil e nas regiões do Norte, da Amazônia, nem do
Nordeste, nós não podemos importar. O que é isso? Temos que colocar
a saúde da população em primeiro lugar”, ressaltou Dilma. Em sua
avaliação, o Programa Mais Médicos respeitou os profissionais
brasileiros dando prioridade a eles e, depois, para os médicos
vindos de fora do país.
Em relação ao Pronatec, Dilma disse que é um dos programas mais
importantes de seu governo porque foca no ensino
técnico-profissionalizante, dando aos alunos a educação “como um
patrimônio” e tentando suprir a demanda por mão de obra
qualificada. “Temos uma indústria sofisticada, temos um setor de
serviços e precisamos de profissionais mais bem qualificados, o que
vai significar maior produtividade”, disse.