O diretor presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS), André Longo, disse nesta quarta-feira, 21, que as 26
operadoras que tiveram a comercialização de 246 planos suspensos
são reincidentes em número de reclamações e algumas delas vinham
tentando driblar o monitoramento da agência. A proibição de vender
novos planos passaria a valer na sexta-feira, 23, mas uma liminar
concedida à Federação Nacional de Saúde (FenaSaúde), que representa
as maiores operadoras, suspende a decisão da agência. A ANS vai
recorrer.
"A situação dessas 26 operadoras e desses 246 planos com
comercialização suspensa se deve à reincidência de comportamento
inadequado. Elas estão numa faixa 75% maior do número de
reclamações procedentes do que as operadoras com o mesmo porte",
afirmou Longo, para quem o judiciário foi "induzido a erro". A
decisão judicial vale para as associadas da FenaSaúde, que teriam
planos com vendas suspensas: Amil, Amico, Sul America e Excelsior
Med.
A ANS divulga os resultados do monitoramento a cada três meses.
Até o ano passado, só se levava em conta o prazo para atendimento
de procedimentos, como consultas, exames, cirurgias. Este ano,
entraram outros fatores, como negativa de cobertura. A mudança
ocorreu porque a agência percebeu que operadoras tentavam driblar o
monitoramento.