A umidade relativa deve cair hoje novamente em São Paulo,
chegando a apenas 30%. A consequência do chamado tempo seco para a
saúde vai desde ardência e irritação nos olhos e garganta, tosse
seca ou "cheia" e boca seca, podendo evoluir para casos mais graves
em pessoas que já tenham alguma doença crônica, como asma, causando
crises de tosse e o agravamento da doença.
Para evitar ou minimizar a ocorrência de problemas de saúde em
decorrência do tempo seco, a Secretaria de Estado da Saúde indica
alguns cuidados importantes.
Durante este período também é comum o aumento da incidência de
coriza e febre por tempo limitado, tendo, em alguns casos,
complicações como crises de chiado, pneumonias e, em situações
extremas, insuficiência respiratória com necessidade de internação
hospitalar. As internações aumentam cerca de 30% nessa época. A
maior parte das internações são de crianças de 0 a 14 anos, seguida
por homens e depois mulheres.
"Para aliviar os sintomas é necessário beber bastante líquido,
lavar o nariz e os olhos com soro fisiológico, evitar exercícios
físicos ao ar livre, principalmente entre 10h e 17h nos dias com
baixa umidade do ar e evitar lugares fechados e de grande
aglomeração", recomenda o pneumologista Fábio Muchão, do AME
(Ambulatório Médico de Especialidades) "Dr. Luiz Roberto Barradas
Barata", unidade da Secretaria localizada no bairro de Heliópolis,
zona Sul da capital.
O especialista destaca, ainda, que é válido umidificar ambientes
com baldes de água ou umidificadores, lavar sempre as mãos, tossir
e espirrar em lenços descartáveis e higienizar as mãos na
sequencia. Crianças, idosos e pessoas que já possuem histórico de
problema respiratório são os grupos mais vulneráveis às doenças
neste período e precisam redobrar os cuidados.