Uma parceria entre o Ministério da Saúde e o laboratório
ucraniano Indar possibilitará ao Brasil ter sua própria produção de
insulina, medicamento utilizado no tratamento da diabete. O acordo
ampliará a oferta da insulina aos pacientes do Sistema Único de
Saúde (SUS) e proporcionará ao governo uma redução dos gastos com o
medicamento. No Brasil, 7,6 milhões de pessoas têm diabete e cerca
de 900 mil dependem exclusivamente do SUS para obter a
medicação.
Neste ano, o País dará início à construção da fábrica para a
produção de cristais de insulina, o princípio ativo do medicamento,
por meio do Laboratório Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz).
Em 2015 serão realizados testes, qualificações e ajustes
técnicos para a validade das instalações. No ano seguinte, a
transferência de tecnologia do laboratório ucraniano para o
brasileiro estará concluída para o início da produção. A
expectativa é de que em três anos o Brasil esteja produzindo
insulina NPH em escala industrial.
“Queremos reduzir a vulnerabilidade do País no mercado
internacional de medicamentos, incentivar a produção nacional de
ciência e tecnologia e fortalecer a indústria farmacêutica
brasileira”, afirmou na quarta-feira (23) o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, destacou que a parceria fará
com que o Brasil domine todo o ciclo de produção do medicamento.
“Vamos acabar com qualquer dificuldade de abastecimento e de
vulnerabilidade em relação a flutuações de preços no mercado
mundial”, afirma.
Parceria
Para produzir insulina, o Ministério da Saúde, por meio da
Fiocruz, fará uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o
laboratório Biomm. A tecnologia utilizada pela empresa é
considerada inovadora e foi patenteada em conjunto com a
Universidade de Brasília (UnB).