Uma pessoa jovem e sem filhos precisa se preocupar com alguma doença grave que a impeça de trabalhar e prover seu sustento? O Valor Economico publicou nesta segunda (24) a resposta de Eduardo Henrique Caputo Gomes, planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP (Certified Financial Planner) concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, sobre o assunto.
“Essa preocupação é muito importante, pois a gestão de riscos é um item fundamental do planejamento financeiro pessoal e familiar. Ainda assim, a maioria das pessoas não dá a devida importância a essa etapa do planejamento e acaba por assumir riscos que poderiam ser mitigados com a contratação de um seguro adequado. Este é um dos principais objetivos de se contratar um seguro: reduzir os impactos financeiros que eventos imprevisíveis podem causar”, afirmou.
Confira a resposta do especialista:
No Brasil, o tipo de seguro mais conhecido é o de bens, sendo o mais popular deles o seguro de automóveis. No entanto, existem diversas outras categorias de seguros, como a de seguro de pessoas. Nela está incluído o seguro de vida, sobre o qual ainda recai um certo tabu devido ao desconhecimento sobre suas possibilidades de cobertura. Grande parte das pessoas associa esse tipo de produto apenas a situações que envolvem óbito. O seguro de vida, porém, além dessa cobertura mais conhecida – que garante indenização aos beneficiários na falta do segurado -, permite a contratação de outros tipos de coberturas.
Dessa forma, em relação ao questionamento levantado, dentro do seguro de vida existem diferentes coberturas disponíveis para contratação, que garantem, inclusive, indenização ao segurado em caso de doença que o impeça de trabalhar.
Um exemplo é a cobertura por Invalidez Laborativa Permanente Total por Doença, que garante ao segurado o pagamento de indenização em caso de incapacidade irreversível para exercer sua função principal. Outra opção é a cobertura de Diárias por Incapacidade, que indeniza o segurado, proporcionalmente ao período afastado, caso esse se encontre impossibilitado de desempenhar sua atividade profissional.
O mercado de seguros é amplo e oferece diferentes possibilidades de proteção. Para um bom gerenciamento de riscos, devem-se combinar diferentes tipos de coberturas, considerando as necessidades e preocupações de cada segurado. Além disso, também devem ser levados em conta outros fatores, como os riscos aos quais o segurado está exposto, seu perfil e momento de vida.
Outro ponto importante sobre o seguro de vida é quando contratá-lo. Isso envolve mais um tabu, pois existe a falsa ideia de que esses são produtos para quem já envelheceu. Na verdade, existem vantagens de se contratar um seguro de vida ainda jovem, como a redução no valor do prêmio – montante pago pelo segurado à seguradora para ter direito à cobertura. Isso acontece principalmente nas modalidades em que as parcelas são corrigidas por um índice, como a inflação.
Nesses casos, a contratação ainda jovem garante que o seguro não será recalculado pela idade, o que tenderia a elevar o valor do prêmio. Mais uma vantagem é a de que as chances de a seguradora recusar coberturas para um segurado jovem são menores.
Por fim, é importante ressaltar que, antes de contratar um seguro, é necessário analisar atentamente as condições gerais da proposta, especialmente os riscos cobertos e excluídos. Lembre-se de que nem sempre a escolha do seguro ideal é tarefa fácil, por isso contar com o apoio de um especialista pode contribuir para uma escolha mais assertiva.
Eduardo Henrique Caputo Gomes é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP (Certified Financial Planner) concedida pela Planejar – Associação Brasileira de Planejamento Financeiro E-mail: [email protected]