Executivo explica que
poder pagar as parcelas de imediato de um seguro traz mais
praticidade e conforto para o consumidor
O mercado de seguros está crescendo
no Brasil, somente no primeiro trimestre de 2022, houve uma alta de
15,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo
a CNseg (Confederação Nacional das
Seguradoras). Diante desse crescimento, as principais seguradoras
se depararam com a necessidade de investir em tecnologia, a fim de
oferecer uma boa experiência para o consumidor.
Um dos destinos desse investimento
foi na adesão do Pix pelas principais seguradoras do país, em
dezembro de 2020. A modalidade de transferência e pagamentos
instantâneos, sem taxas ou impostos, rapidamente ganhou a
preferência dos brasileiros por dois pontos que o mercado de
seguros está buscando: praticidade e rapidez.
Alberto Vargas, CFO na Liberty
Seguros do Brasil, explica que a possibilidade de pagar
instantaneamente as parcelas de um seguro é sinônimo de praticidade
e conforto para o consumidor. “Poder pagar uma parcela de sua
apólice sem ter que aguardar o processamento de um boleto ou uma
transferência bancária é benéfico tanto para o cliente, quanto para
a seguradora, que pode manter um controle mais eficaz do fluxo de
caixa já que, no fim do dia, é possível saber exatamente quais
valores entraram e quais saíram”, afirma.
Ainda de acordo com Vargas, o Pix
se encaixa como fator importante na experiência do cliente dentro
do setor de seguros, porque a forma de pagamento conecta
diretamente o cliente com a seguradora, cortando consideravelmente
os custos da tarifa bancária na operação.
Experiência positiva do
consumidor pode atrair mais clientes
Segundo uma pesquisa realizada pela
companhia Salesforce em junho deste ano, na qual foram ouvidos 17
mil consumidores em 29 países, cerca de 95% dos brasileiros
entrevistados dizem que a experiência ofertada por uma marca é tão
importante quanto os produtos ou serviços oferecidos.
“Várias tecnologias como
aplicativos, sites responsivos, integração de clientes, automação
de feedback e análise preditiva com inteligência artificial podem ser
implementadas. As soluções digitais e ideias inovadoras são
importantes para as empresas terem mais variedade de formas de
pagamentos disponíveis para o cliente”, comenta Vargas.
O executivo aponta ainda que o foco
está nos consumidores, que valorizam a praticidade de resolver as
suas necessidades de imediato para facilitar tarefas diárias. Além
disso, com a pandemia, muitas organizações financeiras tiveram que
mudar rapidamente as metas de curto prazo, como reduzir custos e
aumentar a receita.
“Na Liberty, já trabalhamos há
muito tempo com a questão do foco no cliente e, por isso,
investimos muito na experiência digital e na implementação de novos
recursos, porque entendemos que as preferências de consumo das
pessoas estão em constante mudança”, diz Vargas.
Inovações para o futuro do
setor de seguros
Embora as seguradoras tenham
passado a aceitar o Pix como forma de pagamento em 2020, o mercado
está nos primeiros estágios de implementar a novidade. A
transferência instantânea é aceita na maioria das seguradoras no
processo de reprogramação de parcelas e, na Liberty, é possível,
também, durante a emissão de uma apólice para os principais
produtos Auto, de acordo com Alberto Vargas.
“As organizações financeiras devem
ser ágeis se pretendem perseverar nas disrupções do futuro e
precisam reconhecer a importância de construir experiências
digitais intuitivas com antecedência, para que possam ser mais
flexíveis quando surgirem desafios. No futuro, os clientes poderão
decidir, sem mudar seus hábitos, qual forma de pagamento desejam
utilizar, sejam os tradicionais, como boleto e transferência, ou
Pix, pagamento pelo WhatsApp, entre outros”, explica ele.
Com a digitalização cada vez mais
presente, os clientes não têm mais tempo de esperar em longas filas
para falar com um associado, quando podem cuidar de suas apólices
por conta própria, seja por meio de autoatendimento na web ou pelo
smartphone. Segundo Vargas, a pandemia foi a principal responsável
por acelerar a flexibilização na metodologia de pagamentos no
mercado de seguros.
“Com a abertura do Banco Central em
relação às fintechs, as seguradoras têm oportunidade de inovar.
Dessa forma, podem prestar serviços à medida das necessidades dos
consumidores e baratear seus custos. O cliente quer uma solução
prática para as necessidades financeiras, se a marca não oferece
isso, perderá para a concorrência” finaliza Vargas.