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Open Insurance: seguros podem ficar mais baratos

Fonte: CQCS Data: 26 novembro 2021 Nenhum comentário

Sistema de Seguros Aberto?vai permitir que clientes compartilhem dados com outras seguradoras; primeira fase deve ser implementada em dezembro

Seguros de carro, vida ou saúde mais baratos e customizados, com o cliente no centro das atenções e com poder de decisão sobre seus dados. Na esteira da inovação do Open Banking, o setor de seguros também está preparando um ecossistema próprio de compartilhamento de dados, o chamado Open Insurance.

O Sistema de Seguros Aberto e o Sistema Bancário Aberto fazem parte de um conceito mais amplo de Open Finance, que vai?incluir também o Open Investments (o cliente poderá compartilhar dados do segmento de investimentos para obter melhores produtos e serviços).

O Open Insurance?deve ser?implementado em fases, assim como o Open Banking. A primeira?delas, a partir de 15 de dezembro deste ano, contemplará o compartilhamento de dados públicos das empresas referentes a produtos e canais de atendimento. Na segunda fase, prevista para começar em 1º de setembro de 2022, os clientes poderão compartilhar seus dados pessoais. Já a terceira fase, que prevê a execução de serviços por meio do ecossistema, terá início em 1º de dezembro de 2022.

As grandes empresas de seguros são obrigadas a participar e?a?abrir os dados que possuem, caso seu cliente autorize o compartilhamento de suas informações. As novas empresas do setor, como as insurtechs (empresas digitais de seguros), participam se quiserem. Mas, uma vez dentro do Open Insurance, também terão de compartilhar os dados.

“Por meio de uma autorização digital,?um segurado pode dar um consentimento à seguradora para trocar dados com outra entidade. Isso é muito interessante porque ele não terá de preencher novamente um conjunto de formulários das seguradoras. Isso traz uma disrupção no mercado. Será muito mais fácil para a seguradora fazer a precificação dos seus seguros já que ela é feita em função dos riscos e dos dados que o cliente compartilha. A seguradora terá mais precisão para enviar uma oferta”, explica Nuno Vieira, líder de consultoria em Seguros da EY.

Vantagens

Algumas das vantagens são a agregação de serviços ligados ao Open Finance, facilidade na cotação e?contratação de serviços de seguro, portabilidade de dados e comunicação mais ágil no aviso de sinistro. Os produtos, serviços, informações e funcionalidades de uma seguradora ficam disponíveis para as demais e vice-versa.

Com acesso ao histórico de contratações do cliente, uma seguradora poderá sugerir, por exemplo, que ele faça um seguro apenas de parte do valor de sua casa ou tenha uma apólice mensal e não anual de seu veículo. Se for um seguro-viagem, o cliente pode contratar?duas seguradoras, uma que seja responsável por sua saúde e outra que cuide de sua bagagem.

Iniciadoras de serviços

Assim como ocorre no Open Banking com os iniciadores de pagamento, o Open Insurance terá as Sociedades Iniciadoras de Serviço de Seguro (SISS). Essas empresas serão credenciadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), responsável por regulamentar esse ecossistema. Elas poderão oferecer soluções diversas para os clientes, que vão desde serviço de agregação de dados, painéis de informação e controle (dashboards) até a execução de serviços, caso o consumidor consinta, com segurança e privacidade.

“As SISS são um componente fundamental do Open Insurance que, em conjunto com os demais integrantes do mercado de seguros, trarão mais inovação e eficiência para o setor a partir das novas soluções de tecnologia e de uso de dados compartilhados que serão responsáveis pelo surgimento de novos serviços e produtos que melhor se adequem às necessidades dos consumidores”, afirmou o diretor da Susep Vinícius Brandi em recente entrevista.

Os corretores e corretoras de seguros também poderão fazer parcerias comerciais com as SISS, voltadas para proporcionar ganhos de eficiência e agilidade, tanto na contratação das operações como no atendimento às demandas do consumidor ao longo de todo o ciclo de vida dos produtos. Além disso, podem se transformar em iniciadoras, na medida em que atendam aos requisitos de capital e segurança cibernética, entre outros, estabelecidos na resolução.

 

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