Em reunião no Rio de Janeiro, representantes das instituições falaram sobre regulação e acesso à informação
Na tarde da última quarta-feira (13), profissionais da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reuniram-se com representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na sede da Agência, no Rio de Janeiro. Na pauta, a apresentação de proposta da ANS para tornar mais claras à sociedade as informações sobre reajuste de planos de saúde.
O encontro foi o primeiro de uma nova rodada de reuniões com agentes do setor de saúde suplementar que a diretoria de Normas e Habilitação dos Produtos (DIPRO) está promovendo. "Nós acreditamos que não há melhor maneira de aprimorar a regulação e o relacionamento com a sociedade que por meio da construção colaborativa", afirmou o diretor da DIPRO, Rogério Scarabel.
Representando o Idec, Teresa Liporace, Ana Carolina Navarrete e Igor Britto reconheceram a importância de participarem das discussões e terem oportunidade de trazer à reguladora as principais demandas que recebem dos consumidores: "Os temas mais frequentes são relativos à falta de informações sobre contratos e aos reajustes de planos coletivos", contou Navarrete. Teresa Liporace destacou que o acesso a informações contribui para o aprimoramento regulatório: "Quanto mais instrumentos a ANS fornecer, em termos de controle social, mais a sociedade poderá colaborar", disse. Para Igor Britto, um grande desafio é falar sobre o setor de forma mais fácil: "O tecnicismo precisa ser superado, pois torna a linguagem inacessível ao público. Mas a tarefa não é fácil. O esforço da Agência terá que ser muito grande mesmo para que a informação seja compreendida pela maior parte dos brasileiros", pontuou.
Nesse sentido, a ANS apresentou um protótipo da nova página de seu portal sobre o reajuste de planos individuais: "A proposta que está em elaboração tem o objetivo de simplificar a linguagem e de traduzir o reajuste de forma didática para o leigo, com informações relevantes também para o público que tem maior conhecimento do setor. As bases de dados usadas para o cálculo do reajuste e simulador para que qualquer pessoa veja como é feito o cálculo são algumas das novidades", finalizou Scarabel.