O Ministério da Economia está
criando um grupo de trabalho, nomeado de Iniciativa de Mercado de
Seguros (IMS), para discutir medidas de incentivo ao setor de
seguros no país. A ideia é melhorar o diálogo com o setor e dar
agilidade à tramitação de projetos dentro do governo e no Congresso
Nacional. Fazem parte do grupo representantes da Superintendência
de Seguros Privados (Susep), Banco Central (BC), Comissão de
Valores Mobiliários (CVM), seguradoras, Corretoras e Confederação
Nacional das Seguradoras (CNSeg). As informações são do Valor
Econômico.
O chefe da assessoria especial de Estudos Econômicos do Ministério
da Economia e presidente do Conselho Nacional de Seguros Privados
(CNPS), Rogério Boueri Miranda, disse ao Valor que o IMS é uma
“cria” do IMK (grupo de trabalho nos moldes da Iniciativa de
Mercados de Capitais) para dar agilidade à implementação de medidas
que melhorem o ambiente regulatório e a estrutura competitiva do
setor.
Rogério ainda destacou que no caso do setor de seguros, sentiu-se a
necessidade de uma iniciativa pontual.“O setor está crescendo muito
e tem potencialidade grande, além de existir espaço para melhora do
ambiente regulatório.” Boueri ainda destacou que o compromisso do
governo no grupo é dar um tratamento mais ágil para a adoção de
propostas que sejam consenso no IMS. “O que se propõe é o que for
consenso dentro do grupo, haverá uma ‘fast track’ do governo para
viabilizar a medida”, afirmou.
Os “convidados” do grupo têm até 9 de setembro para apresentar
propostas de interesse do setor. A ideia é que, no dia 15, seja
feita a primeira reunião com todos para discutir e separar projetos
de consenso. O presidente da CNSeg, Diogo Oliveira, disse que já
está preparando a lista de propostas que considera viáveis e que
tratam mais de questões legislativas e regulatórias para
apresentação. Uma delas será a permissão do uso de reservas da
previdência privada, assim como de títulos de capitalização, como
garantia de operações de crédito. Isso exigiria aprovação de Medida
Provisória (MP) ou Projeto de Lei (PL) para ser implementado.
Na avaliação de Oliveira, essa ação
seria um mitigador de risco de crédito e contribuiria para a
redução dos juros de empréstimos. Como já existem algumas
permissões pelo Congresso Nacional neste sentido, como o uso do
saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir
empréstimo por um custo mais baixo.